Lia Bock é uma jornalista de sucesso, trabalhou em grandes veículos como CNN Brasil, Veja SP, revista Trip, TPM e UOL.
Lia Bock é uma jornalista de sucesso, trabalhou em grandes veículos como CNN Brasil, Veja SP, revista Trip, TPM e UOL, dentre muitos outros. Porém, existe uma grande peculiaridade em sua trajetória: Lia é disléxica – o que hoje é chamado de neurodivergência. Tem dificuldade cognitiva na grafia correta das palavras. Mas o que num primeiro momento pareceu empecilho para iniciar a carreira é visto hoje (25 anos depois de sair da faculdade), como seu grande trunfo.
Na palestra “O que eu aprendi sendo burra”, Lia usa percalços (ora dramáticos, ora emocionantes) de sua jornada para mostrar que saber precisar das outras pessoas é uma arte poderosa. Desde a escola quando precisava da mãe para estudar lado a lado e das amigas para passar cola, passando pela dor (e também delícia) de escolher uma profissão que vive de letras e palavras, até a hora em que esgotada de tentar esconder as limitações das quais nunca vai se livrar, Lia passou a vida precisando de ajuda, de parceria e foi justamente isso que gerou seu maior ativo: “saber precisar”. O que leva a um melhor o trabalho conjunto, o saber delegar e unir forças para um resultado melhor.
Com desenvoltura e através de sua história, Lia mostra o que está por trás da confiança e da troca sincera, mostra que, no mundo do egocentrismo latente, abrir sua vulnerabilidade e “saber precisar” pode ser a porta para um mundo (e um trabalho) mais coletivo, confortável e conectado.
Na palestra, Lia dá exemplos práticos e convida todos a pensarem sobre suas dificuldades, o que lhes falta e até problemas momentâneos que nos abalam para fazer um convite: vamos olhar essas “deficiências” como uma janela pra fora e não um porão escuro?